segunda-feira, 16 de maio de 2016

VOCÊ TEM RAÍZES JUDAICAS ?

Festas e Jejuns:


Em muitos lugares, famílias têm tentado cumprir, mesmo que parcialmente, alguns aspectos das festividades judaicas. Sabe-se, por exemplo, que na festa de Pessach (a “páscoa judaica”), famílias inteiras preparavam as Matzot (pães ázimos) em segredo, sob um rigoroso ritual. Outras, pelo menos, evitavam comer qualquer pão fermentado nesta época.

Algumas famílias, geralmente das zonas rurais, relatam que suas famílias construíam cabanas numa época próxima ao mês de outrubro. Este mês, normalmente, é paralelo ao mês hebraico
de Tishrei, no qual é celebrada a festa de Sucot (‘Festa das Cabanas’).  

Os jejuns têm sido, muitas vezes, respeitados com mais fervor do que as próprias festas. Isto devido a facilidade em cumpri-lo escondido e o seu caráter penal que fazia com que as pessoas sentissem que, ao jejuar, expiavam suas culpas por todas transgressões que foram obrigadas a cometer.

O Jejum de Esther (na véspera da festa de Purim) era muito popular entre os descendentes de Anussim (marranos) na Espanha.
A Rainha Esther foi, então, caracterizada como a primeira Anussá (marrana), tendo que ocultar sua identidade do Rei Achashverosh. Haviam aqueles que, inclusive, jejuavam três dias seguidos assim como praticado pela própria rainha, como consta no relato de Meguilat Esther (como é chamado o rolo em pergaminho que contêm a história de Esther), apesar deste não ter sido o costume acatado pelo Povo Judeu.

Um jejum muito comum é o de Tishá Beav (nono dia do mês de Av), também conhecido como o ‘jejum das lentilhas’, em alusão ao luto deste dia pela destruição do Beit Hamikdash
(Templo Sagrado) de Jerusalém. Nem todos tiveram acesso ao calendário judaico ao longo
das gerações, e assim, nem sempre puderam calcular as datas das festas e dos jejuns. Por esta razão, estimavam os eventos de acordo com o calendário gregoriano e as diferentes fases da lua,
celebrando os feriados judaicos em dias aproximados, mas, nem sempre exatos.

Circuncisão:
A despeito do fato de que o Brit Milá (circuncisão) é um dos mais importantes preceitos do judaísmo, nem todos puderam dar-se ao luxo de realizá-lo ao longo das gerações, uma vez que ao cumprir este preceito estariam comprometendo-se, abertamente, com o judaísmo.
Em alguns casos, quando o preceito já não apresentava um risco, os Bnei Anussim realizavam a circuncisão com algum médico local ou até mesmo de forma autônoma, apesar de
arriscar suas integridades físicas.

Muitas pessoas relatam ter sido circuncidadas aos oito dias de idade, assim como foi feito com seus antepassados e assim como, eles mesmos, fizeram com seus filhos. Contudo, nem
sempre este ato esteve ligado à um motivo judaico ou mesmo religioso, inclusive, por vezes acreditavam que era simplesmente um costume, seja familiar, cultural ou mesmo, higiênico.

Orações Litúrgicas:
A liturgia é outro dos costumes que várias famílias preservaram. Mesmo que não de forma completa, várias rezas

foram preservadas e, em sua maioria, foram traduzidas para o espanhol ou para o português.
Há lugares em que a oração ‘Shemá Israel’ (‘Escuta Israel’)
foi transmitida de geração em geração, por vezes, com o próprio nome de D’us como ele é pronunciado em hebraico (A-D-O-NA-I).
Ambos,são simbolicamente representativos no judaísmo,
o que permitia que os convertidos pudessem se identificar entre eles mesmos.
 Em outros casos, foram as bênçãos, como as de agradecimento
após a refeição ou a realizada antes de dormir, que foram ensinadas e transmitidas.

Perguntas de análise e reflexão Oque vimos aqui. 

  •  Você já viu, ou conheceu, familiares que cobrem os espelhos da casa, quando falece algum ente querido?
  •  Nas casas de sua família, costuma-se separar os talheresusados para carne e para leite? É separada uma panela para ser utilizada apenas para o leite?
  • Havia alguma preparação especial na sua casa às sextasfeiras?
  •  Nas sextas-feiras ao entardecer, se acendiam velas?
  •  Alguém da familia costumava jejuar em algum dia específico, no qual a população local não jejuava?
  •  Você aprendeu, quando criança, alguma oração ou algum agradecimento que não pertencia a liturgia ou religião local?
  •  Você consegue lembrar de algum hábito familiar que era totalmente diferente do resto da população local?

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